Excesso e inanição

Mundo de excessos 
e de inanição, 
onde a centelha 
surge na escuridão.

No fundo do túnel 
ao longe vejo
A inebriante e vultuosa sombra
Que lampeja
e resplandece
Cegando os olhos meus
marejados
rasos
De densa solidão.

E o que me cega
é o mesmo que te ilumina
Estás diante das trevas
e, mesmo assim,
Incendeias por todo lado.

E o que me cala
é o mesmo que te faz bradar
E quão gélido é o teu louvor
que a todo o meu ser
Insiste em afoguear.

Um comentário:

  1. "E o que me cega é o mesmo que te ilumina"
    luz adentra fundo e expõe a desnuda alma
    sob a espessa escuridão se despe feminina
    em lasciva entrega à noite o corpo acalma

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